sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Li por Aí - 02
VEREADORES X SUS
"Uma pergunta: teria mais serventia para o nosso país a criação de 7.343 novas vagas de vereadores ou a criação de 7.343 vagas de médicos atendendo pelo SUS?"
Cláudio Navarro Silveira (MG), hoje na Folha (painel do leitor )
NA BOQUINHA NA NOITE
Se fosse por mim, este seria o título do livro “Crepúsculo”, de Catherine Hardwicke, que virou filme e inesperado sucesso de bilheteria. Trata-se de uma história de amor transcendente entre uma humana (adolescente, 17) e um vampiro, numa obra que transborda sangue, digo, poesia e romantismo com rara inspiração. “Amor além dos limites”.
CACHORRO E SAPATO
Notícia já bastante divulgada, excetuando o título deste verbete. Bush levou um tremendo susto neste domingo. Quase foi atingido por dois sapatos, atirados por um jornalista iraquiano que também o xingou de cachorro. Cachorro da onça, naturalmente.
POESIA-TESE - PAULOFREIREANA
Essa poesia atende pelo nome de "Vai já pra dentro, menino!" e Pedro Bandeira, escritor paulista de literatura juvenil mais vendido no Brasil, é o seu criador. Será declamada por mim, amanhã de manhãzinha (8h), na Academia Cearense de Letras. Nesta ocasião, a ACE – Associação dos Escritores Cearenses, da qual faço parte, realizará sua festa de confraternização. Sábado próximo passado, tive a grata satisfação de estreá-la (a poesia) na reunião da nossa AILCA.
Vai já pra dentro menino!
Vai já pra dentro estudar!
É sempre essa lengalenga
Quando o que eu quero é brincar...
Eu sei que aprendo nos livros,
Eu sei que aprendo no estudo,
Mas o mundo é variado
E eu preciso saber tudo!
Há tanto pra conhecer,
Há tanto pra explorar!
Basta os olhos abrir,
E com o ouvido escutar.
Aprende-se o tempo todo,
Dentro, fora, pelo avesso,
Começando pelo fim
Terminando no começo!
Se eu me fecho lá em casa,
Numa tarde de calor,
Como eu vou ver uma abelha
A catar pólen na flor?
Como eu vou saber da chuva
Se eu nunca me molhar?
Como eu vou sentir o sol,
Se eu nunca me queimar?
Como eu vou saber da terra,
Se eu nunca me sujar?
Como eu vou saber das gentes,
Sem aprender a gostar?
Quero ver com os meus olhos,
Quero a vida até o fundo,
Quero ter barros nos pés,
Eu quero aprender o mundo!
. . . . .. . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . .
Vi...site. Há um perigo enorme de você gostar.
http://airton.soares.zip.net
Saúde e um bom fim de semana
Airton Soares, 56
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
MEU PRAZER DE CASA e de CLASSE
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Vai já pra dentro, menino!
Vai já pra dentro estudar!
É sempre essa lengalenga
Quando o que eu quero é brincar...
Eu sei que aprendo nos livros,
Eu sei que aprendo no estudo,
Mas o mundo é variado
E eu preciso aprender tudo!
- - - - - - - - - - - - - - - - - -
Conheci-a ontem à tarde quando escarafunchava meus guardados. Já memorizei estas duas estrofes.
Para facilitar, na íntegra, a apreensão da poesia, esparramei cópias em todos os compartimentos do meu monastério. Inclusive no banheiro - o melhor estúdio.
No escovar dos dentes, no fazer da barba, no esvaziar da bexiga...vai-se declamando, vai-se encontrando possibilidades discursivas e corporais: “Vai já pra dentro...” Quando dar-se fé a obra está completa. Literalmente.
Ela atende pelo nome de “Vai já pra dentro, menino!” e Pedro Bandeira, escritor paulista de literatura juvenil mais vendido no Brasil, é o seu criador.
Este meu trabalho-diversão é parte integrante de um monólogo que aborda o tema leitura. Ainda sem título. Quando estiver tudo nos trinques, com certeza, os amigos e amantes das artes poéticas tomarão conhecimento.
Vai já pra dentro, menino!.....
Airton Soares – PAI – Poeta – Ator - Instrutor
http://airton.soares.zip.net
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Dois craques da poesia conversam
Dalinha Catunda disse...
Que poema amigo!!!! Arrasou!!!! matou a pau!!! PALMAS!!!!!Vou voltar um monte de vezes só pra ficar lendoDalinha Catunda
1 de Outubro de 2008 06:12
EueAlque disse...
Olá amiga da letras, que bom encontrar um fora da lei como eu. Fiquei lisonjeado com seus elogios e sei que são verdadeiros, pois um bom nordestino não elogia a toa. Também gostei de conhecer seus poemas que retratam a realidade do sertão do qual faço me dedico a escrever também. Oportunamente lhe enviarei alguns.Abraço do amigo Alque!!
7 de Outubro de 2008 17:23
Dalinha Catunda disse...
Alque, realmente encantei-me com seus escritos. E vou gostar de pegar mais intimidades com os prometidos.Um abraço e intéDalinha Catunda
9 de Outubro de 2008 14:26
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Assim falou o poeta
Assim o poeta falou:
Que já há em sua flor,
uma cor definida,
e que sua meta preferida
é regar com amor
sempre as nossas vidas.
Tanto faz ser lá de Coimbra
ou aqui do meu Ceará.
Aonde o cinza da caatinga
é uma febre com íngua,
mas não se deixa de amar.
Em casa grande ou senzala
há sempre um peito que não cala...
Mesmo não tendo luar.
Falo desde as terras quentes
onde brota o repente,
que faz sorrir e chorar.
De onde a vida
é estrema
como o poema,
“Iracema”, que vive
entre a serra e o mar.
Mas o bom banho é o da mente...
É como o sol nascente,
que vem a todos clarear.
Pássaros é o que todos somos,
desde os tempos do“Homo”
que não sabia falar.
Pois antes de haver o dia,
já tinha a poesia!
Ela vive em cada olhar.
Sei que sou pequenino,
mas nunca desafino!
E esse hino é pra todos cantar.
ALQUE
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Treme o chão do Sul
Idéias (14/4/2008)
Diário do Nordeste
As últimas décadas tiveram de tudo. Movimentos sociais nasceram e morreram, tivemos ditadura no País, mas a América do Sul, de maneira geral, parecia ter uma geografia definitiva e plácida.
De repente, a paz reinante entre os irmãos começou a ir para o espaço exatamente pelas relações de produção estabelecidas ao longo desse tempo. São sustos e sobressaltos que levaram o presidente brasileiro a dizer, na televisão, em rede nacional, que Hugo Chávez, o belicoso presidente da Venezuela, teria sido o grande pacificador da crise estabelecida entre a Colômbia e o Equador no episódio da ASFARC.Não mentia o presidente brasileiro.
Não há mentira nos movimentos diplomáticos, assim como ´não existe pecado do lado debaixo do Equador´. A diplomacia brasileira lida delicadamente com Chávez porque não convém nem ao Brasil, nem à América do Sul insuflar um homem de caráter nervoso, de reações imprevisíveis e armado até os dentes.Somos da paz, havemos de dizer. Afinal, quem tem uma fronteira de 11 mil km na Amazônia, objeto de desejo de tantos países desenvolvidos, não pode permitir que a família esfacele esses limites ou crie confusões tão grosseiras que se chamem às armas.
Contabilizemos os maus augúrios com calma para que não disparemos nossos corações civis. Evo Morales, da Bolívia, esfregou seu exército em nossas ´ventas´, invadindo a Petrobras, impedindo a instalação de siderúrgica brasileira e assustando nossos fazendeiros.
Agora, disparam os Paraguaios querendo mais sobre a Itaipu Binacional e ameaçando de expulsão os brasiguaios, nossos fazendeiros do outro lado da fronteira. São ataques para todos os lados que a diplomacia brasileira vem administrando honrosamente, só não sabemos até quando. Rezemos para que nossa combalida e desarmada defesa não tenha que improvisar num momento desses. Quanto mais agora que tem se dedicado, com tanta veemência, ao salvamento dos doentes da dengue no Rio de Janeiro.
Pipocas na panela
Opinião Diário do Nordeste
Idéias (4/9/2008)
Pipocas na panela
Quando fui professora alfabetizadora, gostava de observar o fenômeno gestáltico do aprendizado da leitura. No início, as ações de ensino e aprendizagem pareciam se repetir sem progresso. Mas, num dado momento, um aluno ficava pronto e começava a ler. Depois, às vezes levava dias de completa agonia até que outro aparecia iluminado pelo milagre da leitura. Em seguida, iam explodindo como pipocas numa panela. E, no fim de um certo tempo, todas sabiam ler.
No Ceará, tenho observado, estamos como meus alunos do curso de alfabetização. As mudanças na educação vão acontecendo como pequenas explosões de novidades. É um município do interior que passa a oferecer dois turnos para todos os seus alunos do ensino fundamental, é o aparecimento de escolas municipais com atividades extra-turno, é a explosão dos cursos superiores nas carreiras de Estado.
Neste rol, encontra-se a Universidade do Parlamento Cearense, a Escola de Magistratura e a Escola do Ministério Público como unidades superiores de ensino que trazem uma formação acadêmica nova. Formam para as carreiras de Estado. Profissionais especializados na máquina pública, seja no Executivo, seja Legislativo, seja no Judiciário. Ação que completa a tão atrasada aplicação da Lei contra o nepotismo.
No lugar de parentes, pessoal certificado, gabaritado para a assessoria parlamentar, para a administração pública, para o magistério, prontas para interagir com os governos federal, estadual e municipal e para gerir recursos dessa mesma máquina. Uma ação que, com certeza, nós só sentiremos os efeitos positivos mais tarde, mas que se inicia agora sem retorno. Além disso, ONGs também pipocam em toda a cidade, buscando recuperar crianças e adolescentes em situação de risco por meio das artes, da aprendizagem profissional, do esporte.
São ações aparentemente esparsas e desconectadas, mas que, eu acredito, como as crianças que eu alfabetizava, começaram a pipocar e, quando menos esperarmos, nós estaremos falando de uma escola integrada, de dois expedientes, de excelência no trato com a coisa pública, e até, sabe Deus, do fim da corrupção e da violência.
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
O Mundo dos Vivos - lançamento
Batista de Lima
Assombroso Mundo dos Vivos
Houve um tempo em que tínhamos medo dos mortos. As almas penadas viviam zanzando à noite nas encruzilhadas, nas portas dos cemitérios, nas casas velhas e em qualquer lugar onde a escuridão trevasse. Quem não tinha medo dessas almas, é porque estava armado com as famosas palavras: ´Quem pode mais que Deus?´ Isso era o bastante para a alma responder: ´Ninguém!´. Muitas vezes esse era o começo de um diálogo que terminava com o pedido da alma para o desenterro de uma botija, ou o paga de uma promessa não cumprida. Hoje o medo das pessoas não é mais dos mortos, e sim dos vivos. Hoje se vive preso por conta dos vivos que andam soltos.
Atento a esse fenômeno, Carlos Roberto Vazconcelos intitulou seu livro de contos de Mundo dos Vivos, já que suas narrativas giram em torno de peripécias periculosas praticadas por aqueles que nos circundam. A publicação é da Expressão Gráfica e Editora, neste 2008, que em 115 páginas, deixa escorrer 32 histórias curtas que trazem à tona mistérios e escombros deste nosso mundo dos vivos.
Dos escombros desse mundo depauperado, emergem ´seres aflitos, vivendo a sensação da impossibilidade, no limite extremo e terrível entre o chão e o pulo´, conforme afirma Juarez Leitão, nas orelhas do livro. Já no prefácio, o saudoso Alcides Pinto prospecta nos contos, ´um sensualismo por vezes mórbido, por vezes dramático a percorrer a epiderme das personagens´. Não foi pois sem razão que essa coletânea de narrativas de Carlos Roberto ganhou o Prêmio Osmundo Pontes de Literatura, em 2007. Esse, no entanto, não é o primeiro prêmio literário ganho pelo autor. Afinal, desde o tempo de estudante, em sua terra natal, Tianguá, que ele vem ganhando certames literários, com suas narrativas que já pontificaram publicadas em antologias, revistas e jornais de nossa terra.
As narrativas desse primeiro livro de Carlos Roberto Vazconcelos são curtas, à moda Dalton Trevisan, mas carregadas de momentos inusitados, como armadilhas, tocaias e demais surpresas que surpreendem o leitor, como inclusive seu próprio sobrenome que é um ´Vazconcelos´ com ´Z´ e não com ´S´. Das tocaias da escritura às da pistolagem explícita dos nossos sertões , o autor trafega sem tropeços, mostrando seu conhecimento da arte de narrar em sintonia com os conheceres do grande sertão que nunca desgruda dos costados de quem nele nasceu.
Interessante é a epígrafe do livro, retirada de Máximo Gorki, que fiz: ´O que é pena é a vida mostrar-se pelo pior lado´. Coerentes com esse dizer, os contos vão mostrando do que são capazes certos viventes que nos cercam e que maculam muitas vezes o que há de belo e romântico em nossas vidas. Vivemos hoje sitiados nesse mundo dos vivos onde a inocência se enclausura em verdadeiras trincheiras para sobreviver à maledicência que impera nas ruas. Carlos Roberto atento a esse paradoxo mostra as entranhas de um cotidiano submerso em violências.
Esse cotidiano de violência possui razões sociais como a má distribuição da renda, mas há também razões familiares, desajustes que começam na falta de convívio harmonioso entre casais. Em ´Perdas e danos´ está uma das razões: ´Meu pai nunca fumou. Um belo dia, saiu para comprar cigarro e nunca mais voltou´. Esse é o primeiro episódio de que se lembra o personagem que termina por se tornar um frio matador. Mata as pessoas com uma frieza que cresce à proporção que vai fazendo vítimas. Lá pelas tantas, no entanto, ele conclui: ´... em minha vida tudo foi sempre tarde demais. Tarde demais para ser criança, tarde demais para ser família´.Outros tipos de violência vão sendo tratados no livro. Assim é o caso de ´Em nome do Pai... e do Coronel´. O pistoleiro é instado a fazer sua última missão, e vacila. A serenidade da idade madura é o que move o interesse do pistoleiro aposentado a uma tentativa de não se envolver mais com tocaias. Essa violência é a mesma que leva o marido a sacrificar a esposa quando descobre que ela está grávida, mesmo sendo ele um homem estéril. E assim vão desfilando histórias sempre marcadas pela presença de tânatos, como a do personagem descrevendo sua própria morte em ´A inescrutável face da morte´.
Essa morte é ´um escorregão idiota num dia de sol´. Essa morte está sempre se contrapondo a uma vida que teima em vingar. É um jogo de contrastes que se torna uma das marcas do estilo do autor. Por exemplo: ´Nunca me senti tão pequeno. Jamais chorei tão grande (...) Saí do sono como quem entra num pesadelo´. ´Minha mãe perdia peso e eu ganhava nome (...) Perdi também um irmãozinho antes mesmo de ganhá-lo´.
Com relação ao perfil de seus personagens, Carlos Roberto sempre os surpreende em seus momentos culminantes. São criaturas que estão com um pé no abismo. Ou pelo envelhecimento, ou pelo risco de vida que a situação impõe. Quando não é essa culminância, é uma situação inusitada que põe o personagem num patamar diferente do senso comum. É o caso do escrevinhador que escreve cartas para si próprio. ´Não vejo a hora de postar esta carta e voltar imediatamente para recebê-la´. Ou ainda o personagem que emagrece ao ler Dom Quixote. Então a mãe começa por esconder livros grandes para preservar a saúde do filho. Essa situação nos remete ao próprio Dom Quixote, no episódio em que os delírios do cavaleiro da triste figura são atribuídos às suas leituras. Então queimam-lhe os livros.
Por fim chega-se ao final do livro de Carlos Roberto com aquela vontade de encontrar outras histórias a mais. O bom narrador tem essa característica, despertar no receptor a fome de mais querer histórias. Daí que fica o pedido para saciar essa ânsia, que venha logo o próximo livro.
Lançamento: MUNDO DOS VIVOS -22/07/2008 - Livraria Oboé
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Edgar Rice Burroughs - nasceu em 01 set 1912

O personagem apareceu em mais vinte e quatro livros e em diversos contos avulsos. Outros escritores também escreveram obras com o herói: Barton Werper, Fritz Leiber, Philip José Farmer etc.
Tarzan é filho de ingleses, porém foi criado por macacos "mangani" na África, depois da morte de seus pais. Seu verdadeiro nome é John Clayton III, Lorde Greystoke.
Tarzan é o nome dado a ele pelos macacos e significa "Pele Branca". É uma adaptação moderna da tradição mitológico-literária de heróis criados por animais. Uma destas histórias é a de Rômulo e Remo, que foram criados por lobos e posteriormente fundaram Roma.
Sai mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tarzan
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Minutas do Caos - Frederico Regis
Vídeo-produção: Abraço Literário
O escritor e poeta Frederico Regis foi o entrevistado de ontem (quinta, 28/8/08), no teatro SESC - Iracema. O evento faz parte do projeto `Bazar das Letras´ - Sesc que acontece sempre na última quinta-feira de cada mês. Após a entrevista, em momento de descontração, Fred "falou" sobre o seu livro MINUTAS DO CAOS.
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Ednardo Gadelha

terça-feira, 26 de agosto de 2008
sábado, 23 de agosto de 2008
MARINA FERNANDES

Foi através de suas musicas que me tornei poetisa.
Em 1983 passei a morar em Fortaleza e conheci a Ceia Literária. Junto aos poetas da Ceia aprendi muito e publiquei com eles varias coletâneas.
Em 1997 passei a ser presidente da Ceia Literária.
Em 1986 descobri a técnica da Colagem assim realizei várias exposições de artes.
Participei como soprano do Grupo Vocal Porta voz, do grupo vocal Samba e poesia, do Coral Coloral. do Coral dos Correios e atualmente canto no Grupo Vocal Moenda de Canto.
Sou graduada em Pedagogia.
Tenho dois livros no Prelo: um se chama 'O Menestrel 'escrito a apatir de 1979 a 2007 totalmente dedicado ao cantor e compositor Oswaldo Montenegro e o outro se chama 'Perdas Temporária e Lucros Eternos' onde relato em forma de poesia experiências vividas inerente ao ser. 'Se ele é o artista que a crítica detesta é ele também que a uma legião de fãs a poesia empresta.1991'
Poesias de Marina Fernandes
BAILARINA
MADALENA
Doce Menestrel
TRADUZIR-TE
VOZ
NUA
ASA DE LUZ
MESMAS CANÇÕES
GIGANTE
SEPARAÇÃO
VIDA
PEDRA
NOVA VIDA
BLUE
PINCEL
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
ACADEMIA CEARENSE DE LETRAS
Saiba mais
http://pt.wikipedia.org/wiki/Academia_Cearense_de_Letras#Diretoria
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Carlos Roberto Vazconcelos - Biografia

Publicou Mundo dos Vivos (contos)
Conquistou os seguintes prêmios literários:
Prêmio Eduardo Campos de Contos e Crônicas (2008) - ACE;
Prêmio Osmundo Pontes de Literatura - Academia Cearense de Letras (2007);
Prêmio Clóvis Rolim de Contos - Academia Cearense de Letras (2006);
2° lugar no Prêmio Natércia Campos de Contos (2006) - Ed. Premius;
IX Prêmio Cidade de Fortaleza-poesia (2000) – FUNCET.
§ Já publicou trabalhos em 16 coletâneas.
carlosvazconcelos@hotmail.com
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Como sou?
Noite alta e eu a arrumar velhas quinquilharias nas gavetas da escrivaninha. Rasgando um papel aqui, outro ali, deparo-me com a foto da escultura de “O Pensador” de Auguste Rodin. Os críticos afirmam que esse escultor passa uma imagem de “insegurança” através dos efeitos inovadores de suas esculturas. E ainda: “tornou visível a manifestação da alma humana por meio de gestos e expressões enérgicas e penetrantes”.
Alma...
Quero saber se existo, pois às vezes, não me conheço. Outras horas me entendo como um ser preconceituoso e cheio de defeitos. Às vezes desejo um silêncio de mim, mas não consigo, pois vêm à tona todas as tolices que já cometi. Contudo sou uma eterna curiosa e busco o conhecimento aprendendo com as pessoas, mas também com os meus próprios erros.
Se tenho medo? Meu Deus! Quem não o tem? Vivemos no país do medo, isso porque a insegurança está até mesmo dentro de nossos lares.
Ainda não houve um basta à violência e não temos mais esperança de que isso possa acontecer. Com as mudanças advindas do primeiro mundo vivemos brincando de faz de conta. Fico triste porque às vezes tenho medo até de uma criança, quando sou abordada nos sinais de trânsito. Também não gosto de passar embaixo de escada, não gosto de encontrar um gato preto... Sei que essas superstições herdei de minha mãe que era altamente supersticiosa. Politicamente correto seria desacreditar de tudo isso.
Por outro lado, gosto de sair de mim e me sentir outra pessoa. Não é uma fuga, mas uma necessidade de adquirir novos conhecimentos. Tenho verdadeiros momentos de silêncio de mim e das pessoas que me cercam. Nesses instantes eu vejo! Vejo alguém que me quer muito bem e que me ajuda nas horas mais difíceis. Só que quando estou sendo ajudada não vejo nada! Mas sinto, principalmente, quando estou escrevendo. Sei que essa necessidade imperiosa de escrever é justamente impulsionada por essa “força estranha” que realmente existe em mim, que apodera-se de mim e me faz levitar nos campos magnéticos do meu intelecto.
AUSÊNCIA
Há em mim um vazio inexplicável e busco respostas, pois não deixarei que morra o meu desejo de ser vibrante em todos os momentos. Olho o céu. As nuvens brancas formam carneirinhos no azul do firmamento. É dia. Sinto tua falta, como sinto a ausência das estrelas, que em noites sem luar, tal e quais vaga-lumes, piscam e clareiam tenuemente a Via Láctea.
Estou apática outra vez. O céu agora está coberto de nuvens enegrecidas. Há uma brisa suave. Começo a rememorar algo e procuro esquecer, pois a mágoa só nos traz exaustão. Não quero ficar magoada. Busco a luz, luz é vida. Quero ter em mim a fé dos desesperados. Não posso deixar um legado de nódoas do meu passado. Não sou misteriosa, mas igual aos veleiros: gosto de aportar em portos silenciosos.
Fortaleza, 21/o6/2008.
Eudismar Mendes
Sobre autobiografia de Silas Falcão
“ OS FORA DA LEI “ Só existe uma regra; é de todos, o espaço!
EUDISMAR MENDES
Publicou os seguintes livros: “Sangue sobre o Asfalto” e:“Máscaras da Face”.
Conquistou o 7° lugar do prêmio: Eduardo Campos de Contos e Crônicas (2008), da Associação Cearense dos Escritores e Ed. Premius. (Crônicas).
Publicou na coletânea: “Acordes Literários”- SESEC-CE os contos:
Um Grito no Escuro;
Esperança, a Enviada de Deus;Gritos do Inconsciente.
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quinta-feira, 14 de agosto de 2008
CARLOS ROBERTO VAZCONCELOS
Sinal Vermelho
(Homenagem ao poeta José Alcides Pinto)
Sinal vermelho. Da janela do meu carro avisto o velho poeta atravessando a rua. Meus olhos vão seguindo aquele vulto, meio capiongo, já passos lentos. Vai conduzindo sua solidão ou por ela vai seduzido.
A solidão do poeta é povoada por seres deste e doutros mundos. Olho da janela do meu carro. O poeta não precisa de automóvel, é alado, e diáfano, por isso a multidão nem desconfia que ele existe.
Ele mesmo se pergunta, ou aos deuses, quem sou eu?, mas não obtém resposta. Aliás, respostas não são o forte dos poetas, que se contentam com as dúvidas. Para onde vai o turbilhão? Sem saber, os carros param para o poeta passar, a rua pára, o vento dispara uma rufada de gratidão. O semáforo é quem decide: vida ou morte. As calçadas esquivam-se dos pedestres.
O velho poeta segue repletamente vazio. Seus labirintos lhe bastam, o que não olha é o que vê. O velho poeta vai sobraçando papéis avulsos e a lânguida certeza de que a morte é conspiração. Uma certeza íntima, pouco lembrada, que resulta em mistério, contravenção ou metafísica.
Sou a platéia do velho poeta. Vejo-o transitar pelos meandros da babilônia e penso: a cidade inteira é menor do que o velho poeta.
Texto de Carlos Roberto Vazconcelos
RESPOSTA DO ALCIDES EM 22/8/07
Carlos, mexendo em papéis antigos encontrei Sinal Vermelho (homenagem ao poeta José Alcides Pinto). Gostei muito do texto. Sempre me acontecem essas surpresas. Vá me desculpando, mas só agora tomei conhecimento do trabalho. Vou mandá-lo para a revista Bússola: direção Marcius Tarcisio Sales. A revista tem uma inteligente equipe de reporteres. Mandarei para vc o exemplar que traz minha entrevista, logo que seja editada.
Kd Mundo dos Vivos e A Inquietude da Busca? Afinal de contas, foram ou não editados? Qdo lhe sobrar tempo veja meu telefone)32263428.
Abraços
José Alcides Pinto
COMENTÁRIO DA PROF. AÍLA SAMPAIO EM 14/8/08
Carlos!
Gostei demais dos teus textos sobre o Alcides Pinto. Nossa... a gente até pensa que ele ainda está por aí, 'conduzindo sua solidão', como dizes. É difícil assimilar a morte repentina. Fiquei emocionada, pq gostava demais dele e ele de mim. Conheci-o em 1987, qdo lancei o meu primeiro livro: imatura, mas apaixonada pela poesia. Ele escreveu um texto lindo sobre o livro e publicou no jornal. Depois escreveu o prefácio do segundo, aí eu entrei na vida acadêmica e parei... ele sempre
reclamava. Sempre! Valeu!
Abraço,
Aíla Sampaio