Francisca Pereira dos Santos (FANKA)
Teatro do SESC Emiliano Queiroz - 19h
Mediador: Carlos Roberto Vazconcelos
CURIOSnãotemIDADE
Gaze, o tecido de algodão usado em curativos e ataduras, tem a ver com o território Gaza. Segundo o Houaiss eletrônico, Gaza vem do persa "gazí", "gaz" < 'vara´ que denotaria a largura da fazenda ou que seria derivado do topônimo; Ainda: Gaza, na Palestina, onde se supõe a existência de uma indústria têxtil.
Estanco por aqui.
Vídeo-produção: Abraço Literário
O escritor e poeta Frederico Regis foi o entrevistado de ontem (quinta, 28/8/08), no teatro SESC - Iracema. O evento faz parte do projeto `Bazar das Letras´ - Sesc que acontece sempre na última quinta-feira de cada mês. Após a entrevista, em momento de descontração, Fred "falou" sobre o seu livro MINUTAS DO CAOS.
Em 1997 passei a ser presidente da Ceia Literária.
Em 1986 descobri a técnica da Colagem assim realizei várias exposições de artes.
Participei como soprano do Grupo Vocal Porta voz, do grupo vocal Samba e poesia, do Coral Coloral. do Coral dos Correios e atualmente canto no Grupo Vocal Moenda de Canto.
Sou graduada em Pedagogia.
Tenho dois livros no Prelo: um se chama 'O Menestrel 'escrito a apatir de 1979 a 2007 totalmente dedicado ao cantor e compositor Oswaldo Montenegro e o outro se chama 'Perdas Temporária e Lucros Eternos' onde relato em forma de poesia experiências vividas inerente ao ser. 'Se ele é o artista que a crítica detesta é ele também que a uma legião de fãs a poesia empresta.1991'
Sinal Vermelho
(Homenagem ao poeta José Alcides Pinto)
Sinal vermelho. Da janela do meu carro avisto o velho poeta atravessando a rua. Meus olhos vão seguindo aquele vulto, meio capiongo, já passos lentos. Vai conduzindo sua solidão ou por ela vai seduzido.
A solidão do poeta é povoada por seres deste e doutros mundos. Olho da janela do meu carro. O poeta não precisa de automóvel, é alado, e diáfano, por isso a multidão nem desconfia que ele existe.
Ele mesmo se pergunta, ou aos deuses, quem sou eu?, mas não obtém resposta. Aliás, respostas não são o forte dos poetas, que se contentam com as dúvidas. Para onde vai o turbilhão? Sem saber, os carros param para o poeta passar, a rua pára, o vento dispara uma rufada de gratidão. O semáforo é quem decide: vida ou morte. As calçadas esquivam-se dos pedestres.
O velho poeta segue repletamente vazio. Seus labirintos lhe bastam, o que não olha é o que vê. O velho poeta vai sobraçando papéis avulsos e a lânguida certeza de que a morte é conspiração. Uma certeza íntima, pouco lembrada, que resulta em mistério, contravenção ou metafísica.
Sou a platéia do velho poeta. Vejo-o transitar pelos meandros da babilônia e penso: a cidade inteira é menor do que o velho poeta.
Texto de Carlos Roberto Vazconcelos
RESPOSTA DO ALCIDES EM 22/8/07
Carlos, mexendo em papéis antigos encontrei Sinal Vermelho (homenagem ao poeta José Alcides Pinto). Gostei muito do texto. Sempre me acontecem essas surpresas. Vá me desculpando, mas só agora tomei conhecimento do trabalho. Vou mandá-lo para a revista Bússola: direção Marcius Tarcisio Sales. A revista tem uma inteligente equipe de reporteres. Mandarei para vc o exemplar que traz minha entrevista, logo que seja editada.
Kd Mundo dos Vivos e A Inquietude da Busca? Afinal de contas, foram ou não editados? Qdo lhe sobrar tempo veja meu telefone)32263428.
Abraços
José Alcides Pinto
COMENTÁRIO DA PROF. AÍLA SAMPAIO EM 14/8/08
Carlos!
Gostei demais dos teus textos sobre o Alcides Pinto. Nossa... a gente até pensa que ele ainda está por aí, 'conduzindo sua solidão', como dizes. É difícil assimilar a morte repentina. Fiquei emocionada, pq gostava demais dele e ele de mim. Conheci-o em 1987, qdo lancei o meu primeiro livro: imatura, mas apaixonada pela poesia. Ele escreveu um texto lindo sobre o livro e publicou no jornal. Depois escreveu o prefácio do segundo, aí eu entrei na vida acadêmica e parei... ele sempre
reclamava. Sempre! Valeu!
Abraço,
Aíla Sampaio