quinta-feira, 17 de março de 2011

Janela aberta

Janela aberta

Publicado por » Antonio Filho



Por Fabiana Guimarães

A tarde estava disposta ao seu fim. No corpo do ocaso um pássaro cantou seu canto conhecido e raro repicando sonoridade naquele espaço de tempo. Com fala melodiosa - de pássaro - ele conduzia a todos para um lugar de sonhar a vida... Para além Dali.

Muitos dos que passavam paravam para ouvi-lo. Já os que ali estavam, iam se mobilizando cada um ao modo da sua necessidade de escutar pássaros… Aquele canto atingindo almas, destravava adornados e adormecidos sonhos.

Fui vendo em cada rosto, sonhos sendo traçados... Estradas nascendo... Rios mergulhados... Risos abertos arrebentando nascentes de liberdade... Todos relembravam e desejavam o gosto bom de voar e cantar.

Ser pássaro naquele instante em que a vida abriu gaiolas era o que eles mais queriam para fazer o voar se dar para além das imagens.

Foi bom. Foi tão bom que até aqueles que só acreditam no que podem tocar, destravaram suas fantasias e tentaram capturar o pássaro. Porque sonharam com a possibilidade de ter, todos os dias, aquele cantar de acordar sonhos pendurados em uma gaiola... Na varanda de suas casas.
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2 comentários:

. disse...

Sonhos...Canto...pássaros. Jamais passará despercebido aos olhos de quem só sonha com as nascentes de liberdade.

Parabéns Fabiana Guimarães

Fabiana Guimarães disse...

grata,
abraço