sábado, 30 de janeiro de 2010

Apego...

(...)
Numa palestra outro dia um bombeiro disse que as pessoas que sobrevivem a um incêndio, a um naufrágio ou a alguma outra tragédia sempre tinham motivos para voltar para casa. Talvez sobreviver tenha mesmo uma relação direta com apego, com saudade ou com um senso de fazer parte de algo. (...)

Esta crônica vai mexer muito com você. Duvide e acesse:


http://literbra.blogspot.com/2010/01/desapego-saudade-blog-do-duilio.html

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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Bazar

[Bazar+Jan-10.bmp]

Bazar da Letras - SESC - / Cláudio Portella (convidado)

















e/d mediador Carlos Roberto Vazconcelos e e o escritor convidado Cláudio Portella.-

Escritor Cláudio Portella



















e/d - Abracistas Inês Ramalho e Lucinha (Coordenadora do "Abraço" )


























e/d - Haroldo Felinto ( presidente da ACE - Associação Cearense de Escritores ) e Eudismar Mendes atriz e escritora.












































fodaleza.com
à poesia marginal

Fortaleza, tende piedade de mim
não tenho mais idade de fugir
de morar onde não moras
Pois só perdes para jacaré no pinote
E, eu, sumo- sacerdote,
adoenço se não ouvir "Surra de Chicote"
no décimo andar do Jalcy
Fortaleza...

Saiba mais sobre o escritor Cláudio Portela:
http://www.revista.agulha.nom.br/cportella.html



Trova - Leitura / Airton Soares

Foto: Airton Soares

A leitura nos ensina

a separar o joio do trigo

para que no campo da vida,

floresça homem e não mendigo.

Airton Soares

Tem rapariga aí? - Texto de Ariano Suassuna


‘Tem rapariga aí? Se tem, levante a mão!’. A maioria, as moças, levanta a mão.

Diante de uma platéia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, de todas bandas do gênero).

As outras são ‘gaia’, ‘cabaré’, e bebida em geral, com ênfase na cachaça. Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam).

Biografia de Ariano Suassuna

Nos anos 70, e provavelmente ainda nos anos 80, o vocalista teria dificuldades em deixar a cidade. Pra uma matéria que escrevi no São João passado baixei algumas músicas bem representativas destas bandas.

Não vou nem citar letras, porque este jornal é visto por leitores virtuais de família. Mas me arrisco a dizer alguns títulos, vamos lá:

Calcinha no chão (Caviar com Rapadura),
Zé Priquito (Duquinha),
Fiel à putaria (Felipão Forró Moral),
Chefe do puteiro (Aviões do forró),
Mulher roleira (Saia Rodada),
Mulher roleira a resposta (Forró Real),
Chico Rola (Bonde do Forró),
Banho de língua (Solteirões do Forró),
Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal),
Dinheiro na mão, calcinha no chão (Saia Rodada),
Sou viciado em putaria (Ferro na Boneca),
Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró),
Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró).

Esta é uma pequeníssima lista do repertório das bandas. Porém o culpado desta ‘desculhambação’ não é culpa exatamente das bandas, ou dos empresários que as financiam, já que na grande parte delas, cantores, músicos e bailarinos são meros empregados do cara que investe no grupo.

O buraco é mais embaixo. E aí faço um paralelo com o turbo folk, um subgênero musical que surgiu na antiga Iugoslávia, quando o país estava esfacelando-se. Dilacerado por guerras étnicas, em pleno governo do tresloucado Slobodan Milosevic surgiu o turbo folk, mistura de pop, com música regional sérvia e oriental.

As estrelas da turbo folk vestiam-se como se vestem as vocalistas das bandas de ‘forró’, parafraseando Luiz Gonzaga, as blusas terminavam muito cedo, as saias e shortes começavam muito tarde.

Numa entrevista ao jornal inglês The Guardian, o diretor do Centro de Estudos alternativos de Belgrado, Milan Nikolic, afirmou, em 2003, que o regime Milosevic incentivou uma música que destruiu o bom-gosto e relevou o primitivismo estético. Pior, o glamour, a facilidade estética, pegou em cheio uma juventude que perdeu a crença nos políticos, nos valores morais de uma sociedade dominada pela máfia, que, por sua vez, dominava o governo.

Aqui o que se autodenomina ‘forró estilizado’ continua de vento em popa. Tomou o lugar do forró autêntico nos principais arraiais juninos do Nordeste. Sem falso moralismo, nem elitismo, um fenômeno lamentável, e merecedor de maior atenção. Quando um vocalista de uma banda de música popular, em plena praça pública, de uma grande cidade, com presença de autoridades competentes (e suas respectivas patroas) pergunta se tem ‘rapariga na platéia’, alguma coisa está fora de ordem.

Quando canta uma canção (canção?!!!) que tem como tema uma transa de uma moça com dois rapazes (ao mesmo tempo), e o refrão é: ‘É vou dá-lhe de cano de ferro/e toma cano de ferro!’, alguma coisa está muito doente. Sem esquecer que uma juventude cuja cabeça é feita por tal tipo de música é a que vai tomar as rédeas do poder daqui a alguns poucos anos.
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CRÉDITOS PARA O BLOG CULTURA NORDESTINA

Texto singelo / Enviado por Carlos Roberto Vazconcelos

Encontrei este texto (em anexo) por acaso na internet, num blogue intitulado M de Mulher
Lembrei da Lúcia Crisóstomo, da Medeirinha, da Inês, da Eudismar, da Marina, da Cris, da Aglaís, enfim, de todas vocês...
bjs
CR

Gente, estou num daqueles dias em que o passado vem me visitar. Como diz Paulinho da Viola: "Eu não vivo do passado, o passado é que mora em mim". São experiências que vivi, agradáveis ou não. Negá-las é impossível -- é mentir pra si mesma! Bateu uma saudade danada dos bailinhos de improviso na casa de colegas da rua...

O que me trouxe essa lembrança foi o casamento de Aninha (Juliana Boller) com Ricardo (Guilherme Berenguer), em Paraíso. A palavra certa para definir a festa caiu em desuso, mas não consigo arranjar outra: singela. Tudo muito simples, sem malícia, tão transparente... A leitora pode não acreditar que um dia foi assim, mas eu juro que é verdade!

Jogávamos peteca na rua (valha-me Deus), 15 ou 20 moças e moços. Olhando para trás, agora, percebo como éramos inocentes. Não se trata de idealizar o passado -- era assim mesmo. Quando queríamos dançar, afastávamos os móveis da sala, ligávamos o toca-discos (valha-me Deus outra vez!) e passávamos horas ali. Não tínhamos vergonha de nossos pais, como hoje os moços têm.

Hoje, os pais nem podem participar das brincadeiras dos filhos. Nossos pais entravam na dança, o ritmo era o mesmo deles: samba, bolero, valsa. Não escondiámos nada. Ninguém bebia, a não ser limonada. Drogas? Nem sabíamos da existência. Sexo? Tá louca? Muitos casamentos saíram de bailinhos iguais ao da Aninha -- simples, verdadeiros. O mundo era nossa rua!

Lá, conheci o primeiro homem da minha vida. Mas eu era a única inquieta, como a ovelha que abandona o rebanho. Eu queria ver o mundo lá fora. Fui, deixei o amor sereno em busca de um sonho. Consegui, mas até hoje não sei se valeu a pena. Não ligue, cara leitora, é um ataque de saudade... só isso.

Xênia

O escritor J.D. Salinger morre aos 91 anos

folha Online, 28/01/2010


O escritor J.D. Salinger morreu aos 91 anos, "de causas naturais", em sua casa em New Hampshire, nos EUA.

Recluso havia muitos anos, o escritor não dava entrevistas desde 1980 nem se deixava fotografar.

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O seu livro mais conhecido, "O Apanhador no Campo de Centeio", foi lançado em 1951, quando ele tinha 32 anos.

Reprodução
Escritor J. D. Salinger, de "O Apanhador no Campo de Centeio", aos 44 anos
Escritor J. D. Salinger, de "O Apanhador no Campo de Centeio", aos 44 anos

O personagem principal do livro, o adolescente Holden Caufield, se tornou símbolo da geração de jovens do pós-guerra.

A obra foi um sucesso mundial, e vendeu mais de 60 milhões de cópias em todo o globo.

O anúncio da morte foi feito pelo filho do autor, a partir de um comunicado emitido pelo representante literário de Salinger, nesta quinta-feira.

Quatro décadas sem publicar

Jerome David Salinger completou 91 anos no último dia 1º. Ele estava sem publicar um trabalho havia mais de quatro décadas.

"Amo escrever", disse Salinger em 1974, em uma de suas raras entrevistas, ao jornal "The New York Times". "Mas, só escrevo para mim mesmo e para o meu prazer."

O último trabalho literário publicado assinado por ele foi "Hapworth 16, 1924", em junho de 1965.

O autor, filho de um judeu importador de queijos kosher e de uma escocesa-irlandesa que se converteu ao judaísmo, cresceu em um apartamento da Park Avenue, em Manhattan, estudou durante três anos na Academia Militar de Valley Forge e em 1939, pouco antes de ser enviado à guerra, estudou contos na Universidade de Columbia.

Durante a Segunda Guerra Mundial ele se alistou na infantaria, e esteve envolvido com a invasão da Normandia. Os companheiros de exército de Salinger o consideravam corajoso, um verdadeiro herói.


Reprodução
J.D. Salinger na capa da "Time" em setembro de 1961
J.D. Salinger na capa da "Time" em setembro de 1961

Em relação a outros escritores, Salinger classificou Ernest Hemingway (1899-1961), que conheceu em Paris, e John Steinbeck (1902-1968) como de segunda categoria, mas expressou sua admiração por Herman Melville (1819-1891).

Em 1945, Salinger casou-se com uma médica francesa chamada Sylvia, de quem se divorciou e, em 1955, casou-se com Claire Douglas, união que também terminou em divórcio em 1967, quando se acentuou a reclusão do escritor em seu mundo privado e seu interesse pelo budismo zen.

Salinger namorou durante algum tempo, na década de 1980, a atriz Elaine Joyce, e no final daquela década se casou com a enfermeira Colleen O'Neill, 45 anos mais jovem que o autor. Pouco se sabe sobre a vida conjugal do casal, pois Colleen adotou o código de silêncio de seu marido, e não concedia entrevistas.

Os primeiros contos de Salinger foram publicados em revistas como "Story", "Saturday Evening Post", "Esquire" e "The New Yorker" na década de 1940, e o primeiro romance "O Apanhador no Campo de Centeio" transformou-se imediatamente em sucesso e lhe consagrou aos olhos da crítica internacional.

Os outros livros dele editados no Brasil são as coleções de contos "Nove Estórias" e "Franny & Zooey" e dois pequenos romances reunidos em "Carpinteiros, Levantai Bem Alto a Cumeeira; Seymour - Uma Introdução".

Muitas das histórias reunidas nessas obras tem como personagens centrais a família Glass, cujos filhos foram crianças prodígios e os pais, artistas.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Oficina CRESCE - Prof. Bivar - 60 anos


E/D
Alque, Cris e o prof. Bivar



Oficina CRESCE de Teatro (SESC)
do Abraço Literário

EVENTO: comemoração dos 60 anos do prof. Bivar.

Dezembro/2009

Trova - Saco Plástico / Airton Soares

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Se vai às compras ou a passeio,

saco de plástico evitar.
A terra, de saco cheio,
já deu o que tinha que dar.
AS