terça-feira, 19 de abril de 2011

Dos jogos de esconder


Questionando a definição da persona do autor, Roberta Ferraz, Renata Huber e Érica Zíngano lançam “fio, fenda, falésia”, uma consistente experiência poética

Em 1968, o semiólogo e crítico literário francês Roland Barthes (1915 – 1980) abalou os territórios da literatura com um ensaio que já revelava o teor bombástico no título – “A morte do autor”. Em linhas gerais (o que é sempre um grande risco quando se trata das ideias de Barthes), o que ele pretendia era questionar a condição de onipotência concedida ao autor de um texto. Para Barthes, o leitor tinha um papel fundamental na construção deste texto.

O caso é que, talvez, o autor não tenha morrido. Contudo, ao que parece, ele tampouco pode ser identificado. “fio, fenda, falésia” é um complemento, uma ilustração e uma possível interlocução com esta questão. Escrito por um trio de poetisas, Érica Zíngano, Renata Huber e Roberta Ferraz, o livro tem como sua questão mais evidente os limites da autoria. Herdeiras dos métodos anárquicos da composição surrealista, as três não se debatem diante do, aparentemente, assustador cenário em que o autor é um cadáver. Elas o adotam como plano poético.

O trio foi impulsionado por uma herança da poesia de Fernando Pessoa, criador de múltiplas autorias, graças a seus heterônimos. A assinatura dos poemas é tripla. Não há, pois, como identificar quem assina esta ou aquela criação, procedimento radical, sobretudo se tratando de poesia e, em alguns casos, de versos marcadamente íntimos. O trabalho é dotado de força. Sua forma irregular faz o leitor passear por estilos, gêneros e heranças poéticas distintas. A leitura precisa ser pausada, para que se fique atento a ecos que ligam alguns poemas. E esta forma de ler vale como estratégia, para apreciar a espiral poética, em palavras que ganham impulso.

POEMAS

fio, fenda, falésia
Érica Zíngano, Renata Huber e Roberta Ferraz
Secretaria da Cultura/SP, 2010, 112 Páginas, R$ 25

Lançamento às 18h30, no Centro Cultural Banco do Nordeste (Rua Floriano Peixoto, 941 – Centro). Na ocasião, acontece a palestra "Golpes de f – em torno do livro 'fio, fenda, falésia'", com Érica Zíngano e Roberta Ferraz. Contatos: (85) 3464.3108 e cultura@bnb.gov.br

Dellano Rios do jornal diário do Nordeste

Bazar das Letras



Academia Ipuense promove curso no Ipu

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A Academia Ipuense de Letras, Ciências e Artes (AILCA) está promovendo, no Ipu, o Curso de Cerimonial e Protocolo para Eventos, ministrado pelo acadêmico e professor Solon Sales e Silva. Abaixo, os objetivos, programa, local e outros detalhes, conforme enviado pelo ministrante.


INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ
ACADEMIA IPUENSE DE LETRAS, CIÊNCIAS E ARTES
CURSO: CERIMONIAL E PROTOCOLO PARA EVENTOS
MINISTRANTE: Prof. Ms. José Solon Sales e Silva (IFCE/Unifor)


OBJETIVO GERAL:
Preparar profissionais da iniciativa pública e privada para trabalhar corretamente as técnicas de cerimonial e protocolo nos eventos públicos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Dominar regras de comportamento e boas maneiras.
Conhecer as regras do cerimonial público.
Entender o papel do protocolo nos atos públicos e privados.
Aplicar as regras em situações cotidianas.

PÚBLICO ALVO:
Funcionários públicos e pessoas interessadas no assunto.

VAGAS:
São ofertadas 30 (trinta) vagas para o curso.

PROGRAMA:
1) Eventos pressupostos gerais
2) A Organização e a Execução de um Evento
3) Roteiro Básico para Solenidades e Reuniões
4) Cerimonial e Protocolo
5) Estrutura Básica de um Serviço de Cerimonial
6) Formação de Mesas

CARGA HORÁRIA: 20 h/a

CERTIFICADO:
Emitido pelos Cursos da Área de Turismo e Hotelaria do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará e Academia Ipuense de Letras, Ciências e Artes aos participantes que obtiverem 85 % de frequência (no mínimo).

PERÍODO DO CURSO:
De 11 a 13 de Maio de 2011 nos seguintes horários:
Dia 11/05/11 (Quarta-Feira) de 19h00 as 22h00
Dia 12/05/11 (Quinta-Feira) de 08h00 as 11h30min e de 14h00 as 17h30min
Dia 13/05/11 (Sexta-Feira) de 08h00 as 11h30min e de 14h00 as 17h30min

LOCAL: ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE IPU
INSCRIÇÕES: Livraria Companhia do livro até 30-abril-2011 – Biblioteca Professor Mourão na Rua Padre Mororó, 808 – atrás do ginásio coberto – 9968.0968 de 2 até 10 de maio. Informações adicionais pelo fone (88) 9968.0968 ou (88) 9931.3868 com Prof. Mourão.

INVESTIMENTO: R$ 50,00 já incluídos apostila e certificado.
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quinta-feira, 14 de abril de 2011

ASDFG - CLKJH [2]

Meu micro pifou

Por Airton Soares

Tem nada não. Datilografar à vista! Já desempacotei minha máquina de escrever. Simples. Pirrototinha. Olivett. Marca lettera. Dou uma geralzinha, e pronto! Tic.tic Tictic...

Regrido? Não! Mas veja: apesar das infindas facilidades que a internet nos proporciona, ainda assim, perdemos muito tempo, mas tem horas que fico dividido: acessar a net ou atender a um porrilhão de livros implorando por manuseio.

Em determinadas circunstâncias, escrever, escrever de verdade: usando mão, caneta e papel tem sabor de feijão verde com nata, quiabo e maxixe.

Saiba de uma coisa, leitor. Nada do que você acaba de ler aconteceu, excetuando "o ficar dividido", mas bem que poderia ter acontecido, ora! E se... estarei em ponto de bala!

ASDFG - CLKJH [1]

Palavra da Consultexto


Ano 11 - nº 544 - 14/04/2011

REDESCOBRINDO A MÁQUINA DE ESCREVER

Uma das maiores dificuldades para se redigir um texto atualmente é a falta de concentração diante da diversidade de informações e entretenimento à nossa espera por meio de apenas um click. Diante disso, uma nova — na verdade, velha — tecnologia de escrever está na moda: a clássica máquina de datilografia.

Pessoas de todo o mundo estão redescobrindo esse processo mais mecânico, que dificulta a distração e pede mais dedicação do escritor quando está redigindo. Parece que o som da velha máquina continuará representando a arte de escrever ainda por muito tempo...


Fonte: Folha de S.Paulo, 11/04/2011.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

BAZAR DAS LETRAS DO SESC

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Via blog:Fabiana Guimarães













































































PARTE DE UM TEXTO, QUE RECEBI DE UMA PESSOA QUE ESTAVA NO BAZAR DAS LETRAS

A criança dentro de mim
que estava triste,
começou a se alegrar,
afinal, as bolinhas de sabão,
foram como que varinhas mágicas
que transformaram meu coração,
meu pensar , meu agir.

Sua história de vida
Me inspirou e me ensinou
Que devo continuar a lutar
Pela ARTE LITERÁRIA
que dentro de mim está.
Suas palavras e suas bolinhas de sabão
Foram como gotas d’água, orvalho,
No solo seco, ardente
Lá do meu Sertão Nordestino
Que aprendeu desde menino
Amar seu pedaço de chão.

Obrigada cara Fabiana
Por esta Lição de Amor!!!

Carinhosamente

Laudecy Ferreira