quinta-feira, 24 de março de 2011

Falece mãe do "AS" Airton Soares





Amigo, meu sentimento

Ofereço com emoção.

Tenha Paz e Harmonia,

Força e Superação.

Que a dor e a tristeza

Arredem com ligeireza,

Saindo do coração!



Ricardo Aragão
Ipu/CE, 23/Mar
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sábado, 19 de março de 2011

Airton Bíuri Fu Soares contra o Mundo Fora de Esquadro





Airton Bíuri Fu Soares
contra o Mundo Fora de Esquadro
(Homenagem)

Por Carlos Roberto Vazconcelos


Do pé da Serra, do Ipu,
Eu parti todo ariado
Cheguei na cidade grande
Vi trem, carro, muito asfalto.
Disse: “Pai, daqui gostei.
Só volto versificado.”

Tive que arranjar emprego
Pra sustentar o esqueleto
Que a alma se regalava
Com trova e com soneto
Trabalhar em banco é o sonho
De todo homem correto

Na luta de sol a sol
Fui ficando mui cabreiro
A poesia chamando
Por outro lado o dinheiro
Vou cursar Letras e pronto
Abrando meu desespero

De tanto comer pepino
Na cidade tão precária
Vi um lugar que era um mimo
De gente fina e hilária
No frontão estava escrito:
Entre! Ceia Literária.

Mourão, Felipe e Getúlio
Genuino e Ednardo
Pedro Wilson e Luciano
Marina, Câncio e Livardo
Frede, Góes e Vazconcelos
O Valdemiro e o Furtado


− Deixar o BEC? Não brinca!
Eu até pago pra ver!
Ninguém vive só de brisa.
Amor, você vai sofrer.
− Poeta Humorista Didata
Meu bem, sou PHD.

Mundo fora de compasso
Valha, Deus, seja o que for
Mamãe me disse: Mau passo!
A mulher: Tu endoidô?
− Minha gente, eu já sou PAI:
Poeta, Ator e Instrutor.

Logo o Abraço Literário
Tive o prazer de encontrar
Alque, Beth, Cris, Lucinha
Silas, Sônia e Eudismar,
Aglaís, Inês, Cleody
Lúcia, João e Edvar


São tantos os bons amigos:
Saudoso Eurico Bivar
Édna, Diniz, Amanda
Terezinha, Vilemar
E se eu esqueci alguém
Lembre-se de perdoar

Nesta vida passageira
Besta mesmo é quem padece
O sol nasce para todos
A lua pra quem merece
Se você anda abatido
Melhor remédio é AS.

Palestra, show, recital
Só não comício e velório
Quero ver você sorrir
Sofrer é muito irrisório
E se quiser aplaudir
Palmas, palmas, auditório!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Bazar das Letras com FABIANA GUIMARÃES

A escritora FABIANA GUIMARÃES nasceu em Eusébio-Ce. Foi agraciada em alguns concursos de poesia. Publicou Mar violeta, seu primeiro livro de poemas para ‘gente grande’. Depois veio a lume Poemas de sopro e pássaro. Publicou vasta obra no gênero infantil, ou para ‘gente criança’, como ela prefere. São de sua autoria: Brincadeiras da minha infância, As meninas do mundo de lá, Seu Miguelito e sua mala encantada, O menino e o tempo, A festa da muriçoca e O senhor do tempo e outras histórias.

Fabiana Rocha é o novo endereço da poesia no Ceará. Ela não é apenas uma promessa literária que se desenha num futuro próximo ou distante. Ela é, já agora, uma das vozes mais belas e límpidas da poesia brasileira dos nossos dias. Uma voz que celebra as múltiplas dimensões da vida e do amor. Uma voz que acalma os ventos e as tempestades da conturbada hora presente. Uma voz que acena para os seus semelhantes com novas expectativas de esperança, de beleza e de paz.

Francisco Carvalho

Suas metáforas correm ao solfejo do verso. E é uma poesia liberta, cósmica, liricamente sensual. O que é curioso, uma poesia dadivosa, com achados e imagens notáveis. Há uma musicalidade nos poemas que encanta. E parecem um dar-se por inteiro aos vendavais da vida.

Caio Porfírio Carneiro

Janela aberta

Janela aberta

Publicado por » Antonio Filho



Por Fabiana Guimarães

A tarde estava disposta ao seu fim. No corpo do ocaso um pássaro cantou seu canto conhecido e raro repicando sonoridade naquele espaço de tempo. Com fala melodiosa - de pássaro - ele conduzia a todos para um lugar de sonhar a vida... Para além Dali.

Muitos dos que passavam paravam para ouvi-lo. Já os que ali estavam, iam se mobilizando cada um ao modo da sua necessidade de escutar pássaros… Aquele canto atingindo almas, destravava adornados e adormecidos sonhos.

Fui vendo em cada rosto, sonhos sendo traçados... Estradas nascendo... Rios mergulhados... Risos abertos arrebentando nascentes de liberdade... Todos relembravam e desejavam o gosto bom de voar e cantar.

Ser pássaro naquele instante em que a vida abriu gaiolas era o que eles mais queriam para fazer o voar se dar para além das imagens.

Foi bom. Foi tão bom que até aqueles que só acreditam no que podem tocar, destravaram suas fantasias e tentaram capturar o pássaro. Porque sonharam com a possibilidade de ter, todos os dias, aquele cantar de acordar sonhos pendurados em uma gaiola... Na varanda de suas casas.
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