sogueira disse...
Duas Taças de Vinho
Estavam sós sobre a mesa, mudas
Na toalha vermelha desenhada
Um ramo pintado de galho arruda
Dois olhares fixados na permuta
Solitárias mas vibrantes cristalinas
Um chamado para bocas sedentas
Numa o vago sorriso de cor bonina
Noutro o sorriso de sabor de menta
A noite não estacionou seguiu
Outras taças uniam-se suaves
O círculo fechando o som surgiu
Os pares valsando sob a magia
Do tempo que não espera final
De duas taças solitárias em abulia
Sonia Nogueira
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