quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

O Ciúme



Por Beth Albuquerque, 13/08/2009
Abracista

Ciúme não é semente
Não dá flor nem é plantado,
Mas quando tem procedência
Dá galho pra todo lado. ( Li por Aí )

Esq. Beth (autora da crônica O CIÚME e Eudismar. Abracistas


O ciúme já foi cantado e decantado, em verso e prosa, sendo valorizado como uma demonstração de amor.

Mesmo hoje, quando o resultado desse sentimento gera manchetes quase diárias, ainda há certa resistência em se encarar o ciúme como doença.

O ciúme é tempero do amor, costumam dizer. É válido e oportuno perguntar: será que não existe tempero melhor? Que tal o respeito, a confiança, o se colocar no lugar do outro?

Este “malfadado tempero” tem levado muitos casais ao sofrimento, à separação, e até ao crime passional. E que dizer dos filhos, testemunhas oculares dessas agressões, quando não são vítimas, também? Além de serem partes passivas nesses ditos “casos de amor” ainda poderão reproduzir, quando adultos, o mesmo padrão de comportamento aprendido com o exemplo da convivência.

Ah! Mas este é um ciúme doentio, alguém diz, quando o desfecho acaba em espancamento ou outro tipo de atentado contra a vida.

Ora, aceitar o ciúme em grau menor, como tempero do amor, é esquecer que todas as coisas, inclusive os grandes males, começam de um pequeno germe. É assim, por exemplo, com o vírus da gripe que, encontrando condições favoráveis pode nos levar à pneumonia, às vezes com óbito; é assim também com o alcoolismo, que começou com um inocente hábito social. E por aí vai.

É necessário e urgente reavaliarmos certos conceitos.

Se o ciúme me invade devo usar minha inteligência para refletir. Tenho motivos reais pra desconfiar do meu parceiro(a)? Em caso afirmativo o diálogo é sempre o melhor caminho para a solução mais adequada. Mas se o motivo está só no meu imaginário é hora de procurar tratamento, antes que ele vire um caso de polícia.




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