sexta-feira, 15 de agosto de 2008

AUSÊNCIA

Por Eudismar Mendes

Há em mim um vazio inexplicável e busco respostas, pois não deixarei que morra o meu desejo de ser vibrante em todos os momentos. Olho o céu. As nuvens brancas formam carneirinhos no azul do firmamento. É dia. Sinto tua falta, como sinto a ausência das estrelas, que em noites sem luar, tal e quais vaga-lumes, piscam e clareiam tenuemente a Via Láctea.


Estou apática outra vez. O céu agora está coberto de nuvens enegrecidas. Há uma brisa suave. Começo a rememorar algo e procuro esquecer, pois a mágoa só nos traz exaustão. Não quero ficar magoada. Busco a luz, luz é vida. Quero ter em mim a fé dos desesperados. Não posso deixar um legado de nódoas do meu passado. Não sou misteriosa, mas igual aos veleiros: gosto de aportar em portos silenciosos.

Fortaleza, 21/o6/2008.
Eudismar Mendes

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